"E o senhor o que é que prefere?"
"Vinho"
"Branco?"
"Eu preferia, mas se tiver de ser servido por si"
"Sabem o que é que isto me faz lembrar? Nelas"
"Mas Nelas nem praia tem"
"Não tem agora"
"Então e antes?"
"Antes muito menos"
"Manzarra imagina que as malas foram parar a.. Sal...vaterra de Magos"
"Epá achas que é a altura indicada para brincar sinceramente"
"Só se foi Sal...danha"
"Boa, ou então podem ter ido parar a Sal...tarém"
"Olha lá puto não queres aproveitar e pedir aquelas duas gémeas siameses para nós?"
"Epá não dá, então nós dormimos em quartos separados"
"Ah pois é."
"Assim matamos dois coelhos com uma queijada só"
"Olha... cajadada"
"Ah não, não. É queijada que se diz, um proverbio chinês, foi na altura da dinastia monge, porque havia lá uma enorme praga de coelhos nessa altura e os reis tinham o ritual em que utilizavam uma queijada de Sintra para matar dois coelhos, tem de ser dois coelhos com uma queijada de sintra, isto era tudo feito com uma fisga de toucinho fumado"
"Olha vou te explicar uma coisa, há para aí catorze ou quinze barbaridades naquilo que acabaste de dizer. Está bem? Já te vou dizer uma, na antiga china nem sequer haviam queijadas de Sintra"
"Haviam, haviam só que como duravam cerca de sete meses a chegar já chegavam duras, ok? Eles também utilizavam muito para construir casas se um dia fores à china, vais ver que os templos e as casas são todos feitos com queijadas de Sintra, muitos deles ainda"
"Por acaso gostava de visitar um templo desses"
"Não vás pá aquilo está cheio de formigas"
"Emídio, das duas uma, preferias mamar na boca do teu pai ou mamar na boca da tua mãe?"
"Salvador, a minha mãe já morreu"
"Ei desculpa, foi mal, foi mal, desculpa, desculpa eu percebo-te, abrir o caixão, fechar o caixão ficares com a boca cheia de terra, isso quer dizer o que? Escolhias o teu pai né?"
"Epá Salvador pára com isso pareces um puto"
"Fogo, uma pessoa não se pode divertir, é logo um puto. Puto és tu Manzarra"
"Estamos a chegar Emídio? Falta muito Emídio? Já chegamos? Salvador tem xixi, estou a avisar."
"Vão sempre em frente, passam a gruta e estão lá"
"Mas não vens connosco?"
"Já vos tinha dito, estão por vossa conta, eu daqui não passo"
"Mas espera aí Emídio, não é perigoso pois não?"
"Perigoso? Não. Vim foi de saltos agulha, como a partir daqui é só areia."
"Então é assim, vou tomar banho, arranjar-me, fazer cocó e a seguir jantamos, está?"
"Então e não quer ajuda? A princesa"
"César eu acho que ela não precisa de ajuda para fazer cocó"
"Epá desculpem lá ter-vos dado nos cornos, mas é que vocês vieram tirar a minha privacidade, e quem me tira a minha privacidade tira-me tudo"
"Curioso Zé, tenho a sensação de já ter visto o Zé para aí em que? 800 revistas?"
"Pára com essa merda, pára com essa merda, tu não sabes o que é sofrer onze meses para ganhar dinheiro e ter que estar a vestir um personagem e aqui epá eu posso comer umas gajas"
"Então quer dizer que tu não gostas de..."
"Tu sabes qual é o alivio de andar um mês sem as cuecas enfiadas no cu?"
"Não mas sei o que é andar três dias com um preservativo posto cheio de medo a pegar uma infecção urinaria, era daqueles sensitive quase que nem se nota"
"É evidente que tenho uma câmara. A propósito de que é que vos ia dar a câmara?"
"Olha porque senão deres nós vamos para Portugal e vamos dizer a toda a gente que o José Castelo Branco gosta de pipi"
"Zé, das duas uma, preferia que saísse ranho do pénis ou pelos púbicos no nariz?"
"Está linda a noite, não está?"
"Digamos que linda és tu"
"Onde é que está o César para lhe contarmos a novidade?"
"Olha está na praia com a Diana Pereira o porco"
in Sal, episódio 2: A Câmara
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